Modelagem de processos no agronegócio e os impactos na gestão financeira

A competitividade é um dos fatores mais discutidos em diversos cenários e segmentos de negócios e, para se destacar no mercado, é indispensável que a gestão seja feita de forma clara e assertiva.

Neste ponto, os processos, desde sua definição, aplicação e monitoramento, têm se tornado peça chave.

No agronegócio, a modelagem de processos emerge como ferramenta fundamental para garantir o sucesso e sustentabilidade das operações, proporcionando uma visão clara e detalhada de todo o negócio.

Mas afinal, o que é a modelagem de processos?

A modelagem de processos é a representação e organização das atividades e fluxos de trabalho dentro de um negócio, com o objetivo de documentar, analisar e melhorar os processos.

No agronegócio, apesar de nem sempre ser considerada prioridade pelos produtores rurais, essa prática abrange desde o planejamento e plantio até a colheita, armazenamento, distribuição e comercialização dos produtos, impactando diretamente na:

Partindo destas três áreas, ao aplicar a modelagem de processos, o produtor rural passa a obter uma estruturação organizacional, com a possibilidade de ampliar a eficiência de seu negócio a partir de inúmeras vantagens:

Benefícios para a gestão financeira:

  1. Otimização de recursos e redução de custos;
  2. Gestão eficiente dos recursos financeiros;
  3. Aumento da produtividade;
  4. Tomadas de decisões assertivas e estratégicas;
  5. Gestão e mitigação de riscos.

Benefícios para a governança:

  1. Transparência e clareza sobre os processos;
  2. Controle e facilidade para a realização de auditorias;
  3. Mitigação de riscos e desenvolvimento de medidas preventivas;
  4. Eficiência operacional;
  5. Sustentabilidade.

Benefícios para a continuidade do negócio:

  1. Flexibilidade e adaptação às possíveis mudanças;
  2. Alinhamento com os objetivos estratégicos do negócio;
  3. Padronização dos processos, facilitando a capacitação e contratação de novos funcionários;
  4. Gestão financeira eficaz para enfrentar os desafios;
  5. Operações mais sustentáveis.

Como realizar a modelagem de processos no agronegócio?

A implementação da modelagem de processos no agronegócio é uma estratégia poderosa para otimizar as operações, melhorar a gestão e garantir a sustentabilidade e continuidade do negócio.

Mas, para alcançar esses benefícios, é essencial seguir uma abordagem estruturada que inclua o mapeamento, análise e aprimoramento contínuo dos processos.

A seguir, detalhamos os passos necessários para realizar a modelagem de processos de forma eficiente, garantindo que todas as atividades estejam alinhadas com seu objetivos estratégicos.

Os 5 passos da modelagem de processos

1. Mapeamento:
Identificação: comece identificando todas as atividades envolvidas no ciclo de produção, indo desde o preparo do solo até a comercialização dos produtos, pensando nas principais atividades de cada departamento.
Documentação: após a identificação é importante realizar a documentação de todas as etapas de cada processo. É essencial refletir sobre como o fluxo é realizado: sua execução, os responsáveis e sua validação.

2. Análise:
Identificação de falhas: com os processos já mapeados e documentados é importante realizar a análise de todas as etapas de execução, identificando gargalos, falhas, riscos, ineficiências e retrabalhos.

3. Melhorias:
Aprimoramento do processo atual: : a partir da análise previamente realizada, é possível propor um redesenho de processo no intuito de otimizar as atividades evitando o retrabalho.
Engajamento: envolva toda a equipe para garantir que os processos estejam pertinentes às necessidades de cada departamento de seu negócio.

4. Implementação:
Treinamento: realize treinamentos para assegurar que todos os colaboradores entendam e saibam como executar os novos processos.
Ferramentas e tecnologias: busque e utilize ferramentas e tecnologias necessárias para suportar os novos processos.

5. Monitoramento:
Monitoramento contínuo: acompanhe o desempenho dos novos processos através de indicadores de desempenho para assegurar a sua eficiência.
Ajustes e melhorias: sempre que necessário, realize ajustes e melhorias nos processos, considerando os resultados obtidos, os processos nunca devem ser engessados.

Aplique a modelagem de processos em seu negócio

Seja qual for o tipo de negócio, os processos são a base para uma boa governança, para que você possa gerir, organizar e alcançar a sustentabilidade.

Agora que você já conhece mais sobre a modelagem de processos, seus benefícios e os 5 passos para realizá-la, chegou o momento de começar a aplicar esta ferramenta importantíssima para o agronegócio.

Produtor rural, você tem processos definidos em sua unidade de produção?

A CCAB Projetos possui uma equipe de profissionais competentes e especializados para te auxiliar na organização de seu negócio, atuando com a modelagem de processos como ferramenta para aplicar a inteligência na sua gestão financeira. Conheça nossa Assessoria Administrativo-Financeira e conte conosco!

A viabilidade econômico-financeira para a sustentabilidade do agronegócio

Empregada de várias maneiras para garantir que as atividades no agronegócio sejam lucrativas e sustentáveis a longo prazo, a viabilidade econômico-financeira é mais uma das ferramentas primordiais para uma gestão financeira eficaz.

Em qualquer que seja o tipo de negócio, a viabilidade econômico-financeira refere-se à capacidade de um projeto ou negócio de gerar lucro e sustentar-se economicamente a longo prazo. Em termos simples, é a análise e avaliação da capacidade de uma iniciativa de atingir seus objetivos financeiros de forma eficaz e sustentável.

Desta forma, é essencial que no processo estejam envolvidos a análise de custos, das receitas esperadas, dos fluxos de caixa, dos investimentos necessários e dos riscos associados para determinar se a atividade ou investimento é viável do ponto de vista financeiro, garantindo que o projeto seja capaz de cobrir seus custos, gerar lucro e continuar operando a longo prazo.

Quando falamos desta ferramenta aplicada no agronegócio, podemos pensar nela aplicada de duas formas: rotineira ou de investimento.

Enquanto a viabilidade econômico-financeira rotineira normalmente tem maior foco na sustentabilidade das operações no curto e médio prazo, a de investimento tende a avaliar a rentabilidade e o retorno sobre o investimento de projetos de maior escala e por consequência de maior impacto a longo prazo.

Viabilidade econômico-financeira rotineira e de investimento

A viabilidade econômico-financeira aplicada de forma rotineira refere-se a análise das unidades de negócios (fazendas), das diferentes culturas cultivadas e atividades secundárias ou não essenciais, como por exemplo a pecuária ou prestação de serviços de armazenagem para terceiros. O intuito é o acompanhamento constante do resultado efetivo de cada uma destas operações, bem como o seu planejamento para que unidades ou áreas rentáveis recebam os recursos necessários à sua evolução e, principalmente, para evitar que unidades ou áreas não rentáveis deixem de drenar recursos de outras unidades.

Por outro lado, a viabilidade econômico-financeira de investimento está relacionada à análise de projetos de longo prazo que muitas vezes requerem um investimento inicial significativo, como por exemplo a compra de terras, construção de infraestrutura, investimento em tecnologia ou expansão das operações existentes.

Ao ser aplicada para análises de investimento, o processo deverá conter informações detalhadas dos fluxos de caixa projetados ao longo do tempo, considerando não apenas os custos iniciais, mas também os custos operacionais contínuos e as receitas esperadas ao longo da vida útil do projeto. Além disso, é importante considerar fatores de risco, como flutuações de preços de commodities, condições climáticas adversas e volatilidade do mercado.

Ambas as modalidades devem ser desenvolvidas de forma clara e com possibilidades de cenários mais conservadores e realistas, auxiliando em uma tomada de decisão assertiva.


7 passos importantes para um projeto de viabilidade econômico-financeira

Para construir um projeto coerente e sustentável é necessário considerar diversos aspectos e realizar várias etapas. Confira abaixo 7 passos importantes para a elaboração de um projeto de viabilidade econômico-financeira no agronegócio: 

1. Levantamento das informações: reúna todos os dados relevantes sobre o projeto, incluindo custos de produção, preços de mercado, demanda do consumidor, concorrência, condições climáticas, disponibilidade de recursos e regulamentações governamentais. Neste primeiro passo, ter um fluxo de caixa estruturado é fundamental.

2. Definição de objetivos: estabeleça objetivos claros e mensuráveis para o projeto, como retorno sobre o investimento (ROI), lucro líquido esperado, margem de lucro, período de recuperação do investimento e outros indicadores financeiros relevantes.

3. Análise de mercado: avalie o mercado-alvo de cada projeto, identificando oportunidades e ameaças, analisando tendências de mercado, comportamento do consumidor, sazonalidade e potencial de demanda.

4. Estudo de viabilidade: realize uma análise detalhada dos custos e receitas esperadas, incluindo estimativas de custos de produção, investimentos iniciais, despesas operacionais, preços de venda, volume de vendas e projeções do fluxo de caixa.

5. Avaliação de investimentos: avalie a viabilidade financeira do projeto comparando os custos e benefícios esperados. Leve em consideração os principais indicadores, como Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Payback Period (período de retorno do investimento) e Índice de Lucratividade.

6. Análise de riscos: identifique e avalie os riscos potenciais associados ao projeto, como flutuações de preços, volatilidade do mercado, eventos climáticos adversos, regulamentações governamentais e outros fatores que possam afetar a rentabilidade e sustentabilidade do negócio.

7. Plano de ação e monitoramento: por fim, desenvolva um plano de ação detalhado com metas, estratégias e atividades específicas para alcançar os objetivos financeiros que foram determinados. Além disso, é importante estabelecer mecanismos de monitoramento e controle para acompanhar o desempenho do projeto ao longo do tempo e realizar ajustes conforme necessário.

Além destes passos, é importante ressaltar que a viabilidade econômico-financeira no agronegócio deve ser desenvolvida por unidade de negócio, ou seja, cada atividade dentro da operação deve ser analisada separadamente quanto à sua capacidade de gerar lucro e sustentar-se financeiramente. Isso envolve dividir a operação em unidades menores, como por exemplo por diferentes culturas, realizando uma análise financeira específica para cada uma delas.

Essa abordagem permite uma avaliação mais precisa do desempenho econômico-financeiro de cada parte do negócio, identificando áreas de maior rentabilidade e oportunidades de melhoria com base em dados concretos e detalhados.

Outro ponto relevante é que ao analisar a viabilidade econômico-financeira por unidade de negócio, os produtores podem entender melhor a dinâmica de cada segmento de sua operação, otimizando os recursos disponíveis para maximizar os retornos sobre o investimento, o que contribui para uma gestão mais eficaz e sustentável do negócio como um todo.

As vantagens obtidas com a viabilidade econômico-financeira

Assim como as demais ferramentas para a gestão financeira no agronegócio que já citamos em conteúdos anteriores, a viabilidade econômico-financeira oferece inúmeras vantagens, como:

Sendo assim, podemos dizer que essa é uma ferramenta necessária para a construção de uma base sólida para a tomada de decisões, gestão eficaz dos recursos e um crescimento sustentável do negócio.

Uma gestão financeira bem estruturada

Para a realização da gestão financeira eficaz é importante que seu negócio seja estruturado em bases sólidas contando com ferramentas e metodologias como:

  1. Cadastro do produtor rural;
  2. Fluxo de caixa;
  3. Diagnóstico econômico-financeiro;
  4. Planejamento orçamentário;
  5. Viabilidade econômico-financeira.

Desta forma, um negócio com governança e inteligência atua com diferentes ferramentas para a gestão financeira, fazendo com que todas estejam interligadas, fornecendo dados importantes para tomadas de decisões coerentes.

Para obter uma gestão financeira completa e bem estruturada, alcançando resultados positivos em seu agronegócio, a CCAB Projetos, por meio de ferramentas, metodologias e uma equipe multidisciplinar, realiza uma análise precisa da situação financeira de seu negócio, atuando com soluções para todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de um projeto de viabilidade econômico-financeira claro, sólido e com informações detalhadas para que você possa tomar decisões de forma transparente e objetiva.

Conheça nossas soluções em Assessoria Administrativo-Financeira e fale conosco para juntos potencializarmos os resultados de seu negócio. 

O papel do planejamento orçamentário no agronegócio

Dentro do complexo e dinâmico cenário do agronegócio, o planejamento orçamentário se apresenta como uma das ferramentas essenciais para garantir o crescimento e a sustentabilidade das operações.

É nele que se faz presente o processo de definição e organização dos recursos financeiros do negócio para atingir as metas estabelecidas. Desta forma, nele estão inclusos a previsão de receitas, despesas e investimentos futuros, assim como a alocação dos recursos de forma eficaz, garantindo que o negócio possa atingir as metas de crescimento, além de minimizar riscos financeiros.

Neste momento você deve estar se perguntando se o planejamento orçamentário e o planejamento financeiro são a mesma coisa. E a resposta é não!

Enquanto o planejamento orçamentário é feito de forma minuciosa para determinar o uso dos recursos financeiros de forma assertiva, o planejamento financeiro é uma ferramenta que abrange uma visão mais ampla e que inclui, além do planejamento orçamentário, aspectos como a captação de recursos, investimentos e fluxo de caixa.

Como é feito um planejamento orçamentário?

Geralmente construído em diversas etapas, o planejamento orçamentário é realizado de acordo com as necessidades de cada produtor rural, momento em que a empresa se encontra e nível de maturidade de gestão, sendo que a metodologia e a abordagem utilizada no momento do desenvolvimento deverá acompanhar estes mesmos pontos.

Quando falamos em abordagens para o planejamento orçamentário, o mesmo poderá ser desenvolvido em forma de competência ou em forma de caixa, sendo que:

Planejamento orçamentário em forma de competência: as receitas e despesas são registradas no momento em que são geradas, independente do momento em que o dinheiro é realmente recebido ou pago. Esta abordagem é relevante para avaliar as operações de forma independente do fluxo de caixa.

Planejamento orçamentário em forma de caixa: as receitas e despesas são registradas somente quando o dinheiro é efetivamente recebido ou pago. Esta abordagem é ideal para pequenos negócios que possuem um fluxo de caixa limitado, permitindo um controle eficaz dos recursos disponíveis.

Ainda, de forma geral, podemos dizer que existem duas formas de realizar o planejamento orçamentário: centralizado ou colaborativo.

Planejamento orçamentário centralizado

A responsabilidade pela elaboração do planejamento, assim como as tomadas de decisões financeiras, é concentrada em uma única pessoa ou uma única equipe de gestão, normalmente realizada pela alta administração do negócio.

Neste modelo, as diretrizes, metas e políticas orçamentárias são estabelecidas de cima para baixo, com pouca ou nenhuma participação das demais áreas ou departamentos da empresa, o que faz com que seja um modelo ágil para a tomada de decisão, mas com uma menor precisão nas estimativas, muitas vezes dificultando a implementação do orçamento no nível operacional.

Este tipo de planejamento orçamentário é comumente realizado por produtores rurais de pequeno e médio porte, os quais normalmente apenas atuam com o fluxo de caixa ou realizam um planejamento de forma mais simples.

Planejamento orçamentário colaborativo

Já neste modelo, o planejamento orçamentário conta com a participação e envolvimento de diversas áreas e departamentos, com a contribuição de gestores e equipes de diferentes áreas: agronômica, financeira, controle fiscal orçamentário, gestores, auditoria e comercial.

Desta forma, as diretrizes são estabelecidas de forma colaborativa e de acordo com as necessidades e perspectivas de todo o negócio, promovendo um alinhamento entre todas as áreas, aumentando o engajamento e comprometimento de todos com as metas estabelecidas e facilitando a identificação de novas oportunidades e melhorias no processo.

Por ser um modelo que exige um maior grau de complexidade e níveis diferentes de informações, normalmente este tipo de planejamento orçamentário é realizado por produtores de porte maior.

As etapas do planejamento orçamentário

Agora que você já conhece um pouco dos dois principais modelos de desenvolvimento do planejamento orçamentário, confira abaixo algumas das etapas para a construção do mesmo, levando em consideração as particularidades que o mercado do agronegócio apresenta:

1. Levantamento de informações: o primeiro passo é coletar informações detalhadas sobre as atividades da fazenda, incluindo área cultivada, tipos de culturas, ciclo de produção, histórico de produção, custos de insumos, mão de obra e equipamentos;
2. Análise do ambiente externo: considere fatores externos que possam influenciar as operações, como condições climáticas, preços de commodities, políticas governamentais, mercado consumidor e concorrência;
3. Definição de metas e objetivos: estabeleça metas e objetivos claros para o período que o planejamento orçamentário irá cobrir. Isso pode incluir metas de produção, redução de custos, aumento da eficiência, entre outros. Lembre-se sempre de estipular metas realistas de acordo com o seu negócio;
4. Estimativa de receitas: realização de projeções das receitas esperadas com a venda dos produtos agrícolas, levando em consideração preços de mercado, demanda do consumidor e estimativas de produção;
5. Estimativa de despesas: são previstos todos os custos e despesas associados à produção agrícola, incluindo insumos (sementes, fertilizantes, agroquímicos), custos de mão de obra, manutenção de equipamentos, despesas operacionais e logísticas;
6. Orçamento: com base nas projeções, é realizado o orçamento, envolvendo a alocação de recursos de acordo com as metas estabelecidas, garantindo que haja recursos suficientes para cobrir os custos e alcançar os objetivos pré estabelecidos;
7. Monitoramento: é fundamental monitorar regularmente o desempenho financeiro e operacional em relação ao planejado. Isso permite identificar desvios e tomar medidas corretivas conforme necessário para garantir que as metas orçamentárias sejam alcançadas;
8. Revisão e reajustes: a revisão periódica permite a fácil identificação de necessidade de reajustes de acordo com o planejamento orçamentário planejado e o realizado, tendo clareza nas discrepâncias e realizando correções para o próximo planejamento.

Motivos para realizar um planejamento orçamentário

Neste ponto, você já conhece um pouco mais sobre o que é o planejamento orçamentário e pontos importantes a serem considerados em seu desenvolvimento, mas você sabia que o planejamento orçamentário possui papel fundamental no agronegócio?

É por meio do monitoramento e constantes análises do planejamento orçamentário que é possível que o produtor rural consiga identificar pontos positivos e negativos durante a gestão financeira de seu negócio, avaliando quais foram as metas estabelecidas e quais foram as metas alcançadas/realizadas ao longo do processo, identificando quais foram as divergências do planejado e quais os motivos, buscando por melhorias para o próximo período.

Além disso, a partir do planejamento orçamentário, o produtor rural passa a ter:

  1. Controle de custos e despesas;
  2. Maximização da rentabilidade;
  3. Identificação de oportunidades de investimento;
  4. Previsão de receitas e fluxo de caixa;
  5. Tomadas de decisões assertivas;
  6. Melhorias na gestão de riscos.

De forma resumida, podemos dizer que ao incorporar o planejamento orçamentário em suas práticas de gestão, o produtor rural passa a contar com melhorias de desempenho financeiro e operacional, garantindo sua sustentabilidade a longo prazo.

6 fatores necessários para o produtor rural no desenvolvimento do planejamento orçamentário

Além dos fatores relevantes para o setor, como condições climáticas, custos de insumos e preços de commodities, ao realizar um planejamento orçamentário, o produtor rural deverá se atentar a 6 fatores primordiais para alcançar o sucesso e excelência durante sua gestão financeira, sendo eles:

1. Disciplina: o planejamento orçamentário é uma ferramenta que apresenta resultados a longo prazo. A disciplina é essencial para que o produtor consiga seguir a risca o que foi planejado, alcançando suas metas e objetivos com eficácia;
2. Cenários conservadores: durante todo o processo, é importante que sejam definidas metas possíveis e realistas, ao mesmo tempo em que o produtor rural passe a atuar em um cenário mais conservador, avaliando com clareza os custos e receitas do negócio;
3. Decisões planejadas: o produtor rural deverá atuar de forma planejada, evitando as características imediatistas para suas tomadas de decisões;
4. Processos: sempre tenha clareza em todos os processos dentro do agronegócio, quais suas metas e quem são os responsáveis por cada etapa;
5. Equipe capacitada: além de processos claros e bem definidos, atuar com uma equipe capacitada e com conhecimento para a realização de suas funções com excelência, contribui positivamente para alcançar os objetivos com maior facilidade;
6. Análise de dados: colete o máximo de dados possíveis de seu negócio e registre-os, de forma que facilite a visualização e análise dos mesmos para possíveis revisões e reajustes no planejamento.

Como obter um planejamento orçamentário efetivo?

Atuando diretamente no campo e com uma equipe multidisciplinar, a CCAB Projetos, por meio de ferramentas e metodologias, oferece soluções que permitem que o produtor rural tenha assertividade e transparência na gestão financeira, potencializando os resultados a longo prazo.

Com a Assessoria Administrativo-Financeira, atuamos de forma personalizada, desenvolvendo o planejamento orçamentário de acordo com as demandas, necessidades e momento em que o produtor rural se encontra, com um planejamento detalhado de receitas, custos e despesas, além de monitoramento da execução para correções financeiras necessárias.

Fale conosco e conte com o apoio e o efetivo acompanhamento de quem entende dos desafios do agronegócio, oferecendo soluções que irão contribuir para que seu negócio possa prosperar de forma sustentável.

O planejamento estratégico no agronegócio: qual a importância?

Por definição, o planejamento estratégico é uma das etapas presentes em um processo de gestão e que é responsável por estabelecer objetivos a longo prazo e estruturar ações para alcançá-los.

Ainda, pode-se dizer que o planejamento estratégico é fundamental para orientar decisões de forma assertiva dentro de todo e qualquer tipo de negócio, maximizando oportunidades e minimizando possíveis riscos.

Quando aplicado no agronegócio ele passa a ser uma ferramenta crucial para garantir a sustentabilidade e crescimento, apresentando análises detalhadas do mercado para uma gestão eficaz de custos, riscos e investimentos, possibilitando uma visão geral da situação atual do negócio e desenvolvimento de projeções futuras a curto, médio e longo prazo, traçando metas e mudanças necessárias para alcançar os objetivos de forma saudável.

Por que ter um planejamento estratégico?

Dentro de uma empresa, seja qual for o segmento, existem diversos planejamentos estratégicos, cada qual com seu objetivo de acordo com o setor e necessidades do negócio. Desta forma, para um planejamento eficaz, é indispensável que seja coletado o maior número de dados e informações sobre histórico da empresa, podendo ter uma análise completa das operações e evolução dos indicadores para tomadas de decisões futuras com projeções que proporcionarão vantagens, como:

Alguns pontos importantes devem ser considerados no momento da construção do planejamento estratégico, incluindo principalmente as especificidades que o agronegócio demanda, como por exemplo:

Fatores externos: condições climáticas, variações sazonais, preços de commodities, políticas governamentais e volatilidade de mercado.

Ciclos de produção: programação de plantio e colheita, gerenciamento de estoques e planejamento de vendas para maximizar os lucros.

Gestão de terras e recursos naturais: práticas sustentáveis de uso da terra, conservação de recursos naturais e adoção de tecnologias para aumentar a produtividade e minimizar impactos.

Riscos específicos do agronegócio: medidas de gestão de riscos específicos, como doenças, pragas e desastres naturais.

Os níveis do planejamento estratégico

Para que o planejamento seja preciso e resulte em um bom desempenho para o negócio, três pilares ou níveis devem ser considerados:

Planejamento operacional
É a base do planejamento estratégico e é realizado com metas a curto prazo. Este nível está diretamente ligado à execução das atividades diárias no agronegócio, reunindo questões práticas e imediatas, como programação de tarefas, alocação de pessoal, gerenciamento de estoques e controle de qualidade.

Planejamento tático
Utilizado para definição de metas a médio prazo, o planejamento tático é uma evolução do planejamento operacional. Nele são determinadas ações como alocações de recursos, implementação de políticas organizacionais, modelos de gestão, etc..

Planejamento estratégico
O mais importante dos pilares. Desenvolvido para planejamento a longo prazo, nele são definidos os objetivos, metas e ações para a sustentabilidade do negócio.

Fluxo de caixa e planejamento estratégico como ferramentas que se complementam

Anteriormente, explicamos sobre o fluxo de caixa e a sustentabilidade financeira no agronegócio, mostrando como ele pode ser uma ferramenta indispensável para o crescimento do negócio. Mas, você sabia que o fluxo de caixa e o planejamento estratégico estão diretamente ligados?

A partir das informações obtidas durante o desenvolvimento do fluxo de caixa, é possível determinar ações específicas no planejamento estratégico para potencializar o negócio, como:

Avaliação de viabilidade: ao projetar os fluxos de entrada e saída de dinheiro associados a diferentes iniciativas estratégicas, a empresa pode determinar se essas estratégias são financeiramente sustentáveis ​​e podem contribuir para a realização dos objetivos estratégicos.

Alocação de recursos: ao entender as fontes e usos de caixa associadas a diferentes áreas de negócio, projetos ou investimentos, a empresa pode priorizar alocar recursos onde eles terão o maior impacto estratégico e retorno financeiro.

Gerenciamento de riscos: possibilidade de se antecipar e planejar para períodos de fluxo de caixa negativo, garantindo que haja recursos suficientes para cumprir as obrigações financeiras e manter as operações durante tempos difíceis.

Monitoramento e controle: durante a implementação das estratégias do planejamento estratégico, o fluxo de caixa é monitorado para garantir que as projeções financeiras estejam alinhadas com as expectativas, onde qualquer desvio significativo entre o fluxo de caixa real e o projetado pode indicar a necessidade de ajustes nas estratégias ou nos planos de ação.

Desempenho: o fluxo de caixa fornece dados chave para a avaliação de desempenho do negócio e validação de assertividade nas ações executadas no planejamento.

5 passos para obter um planejamento estratégico assertivo

Para ter assertividade e clareza em cada uma das ações e passos a serem seguidos, o planejamento estratégico no agronegócio deve conter e seguir alguns passos básicos:

  1. Levantamento de todos os dados do negócio, mapeando atividades, processos, operações e resultados;
  2. Determine quais as suas metas e objetivos de negócio;
  3. Trace quais as ações necessárias para alcançar os resultados que espera;
  4. Estabeleça prazos e monitore o desenvolvimento de cada ação;
  5. Conte com uma equipe especializada e com experiência no mercado agro para uma análise completa e eficiente.

A CCAB Projetos oferece o apoio necessário para que o produtor rural possa ter assertividade nas tomadas de decisões, contribuindo para um planejamento estratégico a longo prazo e levando a sustentabilidade e saúde financeira para o agronegócio.

Conheça nossas soluções e conte conosco para esta etapa importante de seu negócio.

Fluxo de caixa e a sustentabilidade financeira no agronegócio

No dia a dia de qualquer tipo de negócio, a organização e controle financeiro são pontos de atenção para manter a saúde da empresa e é neste ponto que o fluxo de caixa se torna uma ferramenta financeira valiosa.

Você sabe o que é fluxo de caixa?

Basicamente, o fluxo de caixa é responsável por controlar todo o dinheiro que entra e sai de um negócio em um período específico, registrando todas as transações financeiras, como receitas, despesas, investimentos e empréstimos, proporcionando uma visão clara da saúde financeira e da liquidez disponível para tomadas de decisões estratégicas.

Desta forma, quando aplicado no agronegócio, podemos dizer que o fluxo de caixa desempenha um papel crucial, pois permite que os produtores rurais controlem e gerenciem as entradas e saídas financeiras em suas operações, garantindo a estabilidade, tomadas de decisões efetivas e o sucesso a longo prazo.

Mas, você deve estar se perguntando: existe diferença entre o fluxo de caixa para o agronegócio comparado com outros segmentos de negócios?

A resposta é sim!

Como funciona o fluxo de caixa no agronegócio

Quando comparado com outros tipos de empresa, o agronegócio enfrenta algumas particularidades que devem ser levadas em consideração no momento de desenvolver, gerenciar e analisar seu fluxo de caixa, como por exemplo:

Ciclo de produção sazonal: o ciclo de produção segue sazonalidades naturais, com períodos de plantio, crescimento e colheita. Esse fator afeta significativamente o fluxo de caixa, apresentando picos de despesas e receitas em determinadas épocas do ano.

Variação de preços: a receita no agronegócio é influenciada por variações nos preços das commodities agrícolas, gerada principalmente pela demanda do mercado, o que resulta em flutuações no fluxo de caixa, exigindo uma gestão cuidadosa para lidar com a volatilidade dos preços, considerando principalmente cenários conservadores quanto a estimativa de entradas de recursos.

Variação cambial: o impacto da cotação do real frente ao dólar, principal moeda utilizada a nível mundial, é um ponto importantíssimo a ser considerado para a maior parte das empresas ligadas ao agronegócio.

Custos operacionais específicos: custos operacionais específicos como sementes, fertilizantes e pesticidas são impactados pelo mercado e pelas variações da moeda (dólar), o que demanda especial atenção e cautela por parte dos produtores. Além disso, temos mão de obra sazonal, diesel, entre outros, que podem variar de acordo com o tipo de cultura e as práticas agrícolas utilizadas.

Investimentos de longo prazo: necessidade de investimentos de longo prazo em ativos como terras, máquinas agrícolas e infraestrutura devem ser considerados.

Fontes de financiamento: deve-se sempre considerar que o agronegócio muitas vezes depende de diferentes fontes de financiamento, como empréstimos sazonais ou programas de apoio governamental, para gerenciar o fluxo de caixa durante períodos de baixa receita.

Sendo assim, devemos afirmar que o fluxo de produção do agronegócio deve ser considerado no momento de coleta de dados e informações para a formação do fluxo de caixa. Alguns dos pontos a serem considerados na formação do fluxo de produção são:

A partir destes dados, passamos a avaliar o fluxo de caixa do produtor rural, observando dados de ativos e passivos, sendo:

Ativos: considerar todos os recursos financeiros que darão entrada, onde destaca-se a venda da produção e contas a receber, mas também receitas como rendimento de aplicações financeiras e venda de imobilizado, dentre outros;
Passivos: são as obrigações financeiras que o negócio possui, ou seja, as saídas financeiras, como por exemplo: insumos agrícolas, fornecedores em geral, impostos, pessoal e encargos, empréstimos e financiamentos, dentre outros.

Ao ter bem claro quais são as entradas e saídas financeiras, o produtor rural passa a ter uma visão ampla de quais decisões tomar para garantir a sustentabilidade do negócio.

Decisões estratégicas que o fluxo de caixa permite

A partir do momento que o produtor rural passa a ter controle e gestão de seu fluxo de caixa de forma eficiente ele consegue identificar se este encontra-se em situação deficitária ou superavitária. Isto observado, algumas possibilidades e decisões fundamentais e estratégicas para melhorar a sustentabilidade financeira do negócio passam a ser possíveis e feitas com maior assertividade, como por exemplo:

  1. Planejamento de investimentos: planejamento antecipado de investimentos necessários, seja em tecnologia, equipamentos, infraestrutura e até mesmo na expansão da área cultivada;
  2. Gerenciamento de custos operacionais: identificação de áreas onde os custos operacionais podem ser reduzidos ou otimizados, como a avaliação do uso eficiente de insumos, mão de obra e outras despesas relacionadas à produção, ajudando a melhorar a rentabilidade geral do negócio.
  3. Negociação de prazos com fornecedores: possibilidade de negociação de prazos de pagamento mais favoráveis com fornecedores, o que pode resultar em melhores condições comerciais, como descontos por pagamento antecipado ou prazos estendidos de pagamento, ajudando a preservar o capital de giro e melhorar a liquidez da empresa.
  4. Planejamento de safras e vendas: clareza sobre períodos de maior e menor entrada de dinheiro ao longo do ano agrícola, possibilitando o planejamento das safras e as estratégias de vendas, buscando maximizar os lucros e evitar períodos de baixa liquidez.
  5. Gestão de riscos financeiros: a análise contínua do fluxo de caixa permite o produtor rural a identificar e mitigar riscos financeiros, como flutuações nos preços das commodities, volatilidade cambial ou outros eventos inesperados que possam afetar a receita, os custos ou gerar despesas extras, permitindo uma gestão proativa dos riscos e uma melhor preparação para enfrentar cenários adversos.

Para momentos difíceis, um fluxo de caixa correto é fundamental!

Como você já deve ter entendido até aqui, o fluxo de caixa é indispensável para saber e controlar a atual situação financeira de seu negócio e deve ser utilizado de forma rotineira.

Mas, se esta ferramenta já é importante em bons momentos, são em épocas difíceis que ela fará toda a diferença para ter o controle ideal do próximo passo, oferecendo:

Para isso, contar com uma análise correta em cada um dos dados é fundamental para a saúde financeira e sobrevivência do negócio.

A CCAB Projetos, com uma equipe de profissionais multidisciplinares, atua diretamente no campo e ao lado do produtor rural, oferecendo a expertise necessária para o desenvolvimento, gestão e análise correta do seu fluxo de caixa e, principalmente, discussões estratégicas acerca das possíveis ações a serem tomadas.

Com equipes alocadas de acordo com a necessidade de cada um de nossos clientes, atendemos com excelência do pequeno ao grande produtor rural, por meio de soluções analíticas, estratégicas e orientativas, com o desenvolvimento do fluxo de caixa do produtor rural, análise e previsibilidade de cenários e uma análise profunda de riscos e mitigantes.

Conheça nossas soluções em Assessoria Administrativo-Financeira, conte com quem realmente entende do assunto e mantenha a saúde financeira e sustentabilidade de seu negócio em qualquer época do ano. Fale conosco e tenha o apoio necessário para cuidar de seu negócio!